terça-feira, 1 de junho de 2010

sobre trilhos


o projeto apresentava uma necessidade de acesso das pessoas dos bairros dos fundos dos trilhos para detro do complexo cultural, a recuperação da antiga companhia de fiação e tecidos.
para fazer esta ligação, existe no meio do caminho, uma estrada de ferro, mais que isso, quatro trilhos, de trem de carga.
fazer com que pessoas em geral cruzassem este espaço, parecia uma idéia completamente distante. os trilhos tinham se tornado uma barreira, assim como já são considerados por alguns autores, por atrapalharem o fluxo dentro da malha urbana.
depois de várias acessorias, e de muitas conversas com o próprio projeto, decide tranformar esta condicionante em partido arquitetônico. e porque não? se além da barreira física que são estes trilhos tenho um desnível da calçada até as margens da linha férrea, nada podia ficar mais nítido que isso.
o projeto acaba de se tornar um novo personagem, de recuperação dos antigos galpões à um complexo com um parque às margens da linha férrea, que também vai atender à população e com uma travessia subterrânea, com área de galerias.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

registro histórico.

Imagem Memória. Fonte: Prefeitura Municipal de São Carlos. Fundação Pró-Memória, Divisão de Arquivo e Documentação.
Esta imagem mostra uma diferença na fachada. Atualmente a primeira repetição de sheds que pode-se ver na foto, não existe mais. A hipótese mais provável é que durante alguma intervenção no edifício, retirou-se este último shed. Atualmente este espaço encontra-se sem edificação, um terreno vazio que dá acesso aos fundos da antiga fábrica.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

recomposição e reconstrução, por Paulo Mendes da Rocha

Nosso grande mestre Paulo Mendes da Rocha fala sobre seu ponto de vista em relação à intervenção realizada em um trecho da cidade de Piracicaba. Acredito que sua opnião vale a inúmeras intervenções e a intervenção na área da Antiga Companhia de Tecidos não é nenhuma excessão. A linha férrea que corta a cidade de São Carlos e margeia a área de intervenção proposta corre até o porto de Santos, também, ligando à uma economia internacional os produtos escoados por ela.
Os termos RECOMPOSIÇÃO e RECONSTRUÇÃO, utilizados pelo arquiteto me tocaram de um modo especial, deixando questões em aberto, questões novas e fundamentais quando falamos de cidade e sociadade: cultura. Tais questões serão novos temas discutidos.
Sem mais, ficamos com as sábias palavras do mestre!

sexta-feira, 26 de março de 2010

tempo que modifica todas as coisas.


O tempo, linear e inexorável, é uma abstração humana que aparentemente limita aqueles que buscam o passado e o futuro à aquilo que denominamos presente, mas, tolos, os homens esquecem que o tempo é lenda, é fruto daquilo que ele próprio criou, e não traço intransponível.
Criado pelo próprio homem, ou ação física inevitável, não passa despercebido. As fachadas, o interior, a cobertura e as áreas externas do edifício revelam marcas da ação do tempo.
Intervir no edifício, permitindo que nele aconteçam novas atividades é mais uma das artemanhas deste fenomeno que denominas de tempo. A questão sobre o tempo gera recorrentes discussões neste tema de TGI.



terça-feira, 23 de março de 2010

Viver Junto.


O homem não está só no mundo. O mundo está cheio de outros homens. Saber viver em sociedade e lidar com o coletivo é uma questão recorrente na história da civilização humana. A vigésima sétima bienal de artes em São Paulo trouxe este tema, numa reflexão sobre a vida coletiva em espaços comuns. 
O contexto em que nossas sociedades contemporâneas se inserem, possibilitam inúmeras  formas contatos com outras pessoas e ao mesmo tempo nos isola por completo. Ao passo que escrevo aqui e possibilito inúmeras pessoas de participarem desta discussão que coloco, estou no momento, só, com o computador. 
Reativar os gapões da fábrica implica em levar até eles várias pessoas, e gerar um espaço público, de uso coletivo. 
Um espaço de vivência coletiva, aberto a uma proposta cultural, e com o intuito de gerar relações  nas formas humanas de viver em sociedade.

sexta-feira, 19 de março de 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

livro de cabeceira da semana.


"Nesse ponto temos que definir a personalidade do arquiteto: o arquiteto é um operário qualificado que conhece o seu ofício não só prática como teórica e historicamente, e tem precisa consciência que a sua humanidade não é fim em si mesma, mas se compõe, além da própria individualidade, dos outros homens e da natureza." Lina Bo Bardi, 1958.

Lina por escrito, textos escolhidos de Lina bo Bardi. Este  livro, lançado pela editora CosacNaify, faz uma coletânea de textos da arquiteta Lina Bo Bardi.
Este foi o livro de cabeceira da semana, já que Lina bo Bardi foi uma das maiores inspirações durante todo o percurso da graduação, nada mais justo que fazer da antiga companhia de tecidos uma aspiração ao projeto SESC Fábrica da Pompéia desenvolvido pela arquiteta, que segue como uma forte referência projetual neste TGI.